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Foto: Érico Andrade/G1
Segunda-Feira | 06/05/2019
Com alta de 6,4%, Agrishow 2019 encerra com R$ 2,9 bilhões em volume de negócios

A Agrishow 2019 fechou um total de R$ 2,9 bilhões em negócios e superou em 6,4% o volume registrado em 2018, segundo balanço divulgado pelos organizadores do evento, encerrado nesta sexta-feira (3) em Ribeirão Preto (SP).

Com movimento recorde, durante cinco dias 159 mil visitantes passaram pela feira, uma das maiores em tecnologia agrícola do país com 800 marcas em uma área equivalente a 52 campos de futebol que acontece há 25 anos no interior de São Paulo.

O setor de irrigação foi o que apresentou maior crescimento nas vendas, com uma alta de 35%. Máquinas para grãos tiveram elevação em 5% e agropecuária, 4%. O segmento de armazenagem, por sua vez, teve baixa de 13%.

De acordo com Pedro Estevão Bastos, presidente da Câmara Setorial de Máquinas e Implementos Agrícolas (CSMIA), os altos e baixos têm relação com a disponibilidade de crédito para financiamento aos compradores durante a Agrishow.

"Armazenagem chegou sem recursos do PCA [Programa para Construção e Ampliação de Armazéns do BNDES]. Certamente essa falta de recursos do Plano Safra tem bastante influência nessa queda de venda e, ao contrário, a irrigação era a única linha que abriu a feira com recursos. Faz muita diferença", afirmou.

Na área de negócios internacionais, a projeção é de que ao menos US$ 33 milhões foram firmados por meio de um projeto em parceria entre a Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) e a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil). Montante 61% superior à última edição da feira resultante de 52 rodadas de negócios entre representantes da Argentina, Austrália, Chile, Colômbia, Etiópia, México, Nigéria e Peru.

"É uma semente, abre-se um canal entre comprador e o vendedor e com isso novos negócios nascem nos próximos meses", disse José Veloso, presidente executivo da Abimaq.

Presidente da Agrishow, Francisco Matturro ressalta que a projeção de aumento, que levou ao volume esperado inicialmente pelos organizadores, é superior às estimativas em relação ao PIB brasileiro, mas também destaca que a difusão de conhecimento foi um dos grandes marcos da feira, com tecnologias voltadas a ampliar a conectividade no campo.

"A feira não pode ser medida somente pelo volume de intenções de negócios, tem que ser medida por outras coisas: conhecimento, inovação, ciência, tecnologia. O agricultor leva pra casa um volume gigante de informações que capta aqui dentro e deixa uma riqueza aqui dentro para os expositores, para os especialistas de produto, para os engenheiros de desenvolvimento", diz.
Com 17 lançamentos, entre sistemas voltados à agricultura de precisão, além de automatização de colheitadeiras, a John Deere estima um aumento de 20% nos negócios em relação a 2018.

"Essa é a visão da John Deere sobre o futuro da agricultura: a mais eficiente conexão entre pessoas, máquinas, inteligência e tecnologia. Por isso, encorajamos os produtores a adotarem tecnologia para estarem preparados para enfrentar os desafios de hoje e de amanhã", afirma o diretor de vendas da empresa, Rodrigo Bonato.

Há sete anos na feira, a JCB Brasil calcula um incremento de até 15% nos negócios em relação a 2018, tendo como forte retroescavadeiras e pás carregadeiras. A empresa estima um movimento de 2 mil visitantes no estande durante os cinco dias. "Cerca de 30% das vendas totais da JCB global são voltadas para a agricultura e no Brasil, esse número segue a mesma proporção", informou, em nota.

Fonte: G1